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Com o avanço do remake de One Piece, muitos têm se perguntado se outros animes longos, como Naruto, também deveriam ganhar uma nova versão. E, obviamente, esse é um assunto que tem dividido os fãs em todo o mundo. Afinal, esse tipo de remake é necessário? Ainda mais quando falamos de obras que não são muito antigas?

Aqueles que defendem um remake de Naruto afirmam que essa é uma forma de atrair novos fãs, que podem não se sentir motivados a assistir um anime com a qualidade de animação inferior aos atuais. Outro ponto levantado pelos defensores do remake é a possibilidade de corrigir erros cometidos na adaptação original. Afinal, não foram poucos os tropeços do Studio Pierrot, bastando lembrar dos incontáveis fillers seguidos da animação, que contradiziam o cânone da obra. 

One Piece Terra
Reprodução/ Terra

Mas, será que é necessário fazer isso agora? A moda dos remakes parece ter finalmente pegado, afinal, o que começou com o anúncio de animes muito antigos e pouco conhecidos, agora está se estendendo para obras que terminaram recentemente, ou que nem mesmo chegaram ao fim. No caso de One Piece é compreensível a criação de um novo anime, não só pelos motivos citados anteriormente, mas também pela extensão da obra, que já ultrapassou os mil episódios e que não possui nenhuma previsão de fim.

E os fãs de One Piece sabem que uma das coisas mais ouvidas por possíveis novos fãs é a dificuldade de começar a obra, devido à sua quantidade de episódios. Assim, um novo anime conseguiria facilitar a entrada desses fãs na série, algo que sempre teve um grande interesse por parte do público de anime e, agora, também de um novo público fã do live action da Netflix.

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Mas, e Naruto? O primeiro e o segundo anime Naruto não chegam perto do tamanho de One Piece e, se eliminados os episódios fillers, são menores ainda. Outro ponto importante é o fato de que os episódios fillers da animação são 100% não canônicos, enquanto One Piece raramente tem capítulos totalmente não canônicos. A história dos piratas costuma estender lutas e momentos de viagem da narrativa para assim poderem dar mais tempo para o mangá se desenvolver, ao invés de criarem um episódio totalmente inédito no meio dos arcos do mangá. O que dificulta ainda mais a vida dos novos fãs, pois não podem pular quase nenhum episódio, sendo obrigados a ver diversos capítulos quase sem conteúdo relevante. 

Portanto, talvez nem todo anime longo deva ganhar um remake no presente momento, quando ainda está fresco na cabeça do público, e é de fácil iniciação. Pois, se a indústria do anime começar a se apegar a refazer histórias já contadas, podemos ficar saturados de animes refeitos, enquanto novas histórias são jogadas para escanteio pelos próprios estúdios de animação.


Fonte: Sportskeesa



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