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Uma nova onda de combates a pirataria de animes e mangás parece ter se iniciado com força no final deste ano. No mês passado, mais de 10 importantes sites de compartilhamento  ilegal de animações e quadrinhos asiáticos saíram do ar sem motivos concretos, além de que a Webtoon entrou com medidas legais contra a pirataria de seus mangás e manhwas, divulgando uma declaração oficial sobre o assunto. 

Mais sites estão sendo fechados, com o envolvimento da coalizão Aliança para Criatividade e Entretenimento em alguns dos casos. Um dos casos mais chamativos foi o do popular site Aniwave, que passou a exibir em sua tela inicial a seguinte mensagem: 

Aniwave
Reprodução/ Techy Snoop

Criar produtos que proporcionem uma experiência de usuário aprimorada e fomentar a competição para contribuições o mercado a aprimorar os melhores produtos é algo que nos deixa muito felizes. Agora que tudo melhorou… também é hora de dizer adeus.”

O jornal Los Angeles Times afirma que a pirataria em geral tem prejudicado 71.000 empregos potenciais nos EUA e que gera o prejuízo de US$ 12,5 bilhões por ano à economia, sendo que, aparentemente, a situação do Japão é ainda pior, com sites que compartilham animes ilegalmente tendo milhões de acessos. Por exemplo, na Finlândia, há sites com cerca de 13 milhões de visitas por mês. Mas, com o acesso cada vez mais fácil aos animes devido ao streaming, o que tem levado ao aumento constante da pirataria? 

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O aumento da pirataria de animes

Reprodução/ Crunchyroll

Ken Leonardo, vice-presidente sênior de marketing da Cable and Telecommunications Association for Marketing, disse que o aumento da pirataria está relacionado justamente ao aumento no número de streamings. Pois, há cada vez mais plataformas pagas, sendo necessário que o consumidor assine diversos streamings ao mesmo tempo para poder ver seus programas preferidos. 

Além disso, segundo o Times, muitos fãs de anime não têm encontrado os títulos que gostariam de consumir nos serviços de streaming legais: “Eu vou cair na pirataria antes de pagar US$ 20 por mês para um site que só tem 10 bons programas.”. Apesar disso, Larissa Knapp, a diretora de proteção de conteúdo da Motion Picture Association, disse o seguinte:

Não há justificativa para violação de direitos autorais. Sempre que filmes ou programas de TV são pirateados, não são apenas os proprietários de conteúdo ou estúdios que são afetados — são também pessoas que trabalham como escritores, artistas de storyboard, ilustradores, editores, mixadores de som e muito mais.”

Fonte: Otaku USA Magazine