Após cerca de uma década de publicação, o mangá My Hero Academia (Boku no Hero) chegou ao fim no dia 04 de agosto com o capítulo 430. E o encerramento da história de Izuku acabou dividindo os fãs com um final que, para muitos, foi um desrespeito para com seu protagonista. No entanto, toda a história do mangá foi permeada por erros e acertos comuns de shounens de longa duração.
My Hero Academia, infelizmente, não conseguiu fugir dos clichês de seu gênero e insistiu nos mesmos erros ao longo de mais de 10 anos de publicação de seu mangá e dos 5 anos de lançamento de seu anime. Personagens que ninguém aguenta mais, narrativas sem sentido, ou o potencial desperdiçado das personagens femininas, veja, a seguir, os 4 piores erros cometidos pela obra de Kohei Horikoshi, que farão ela envelhecer mal ao longo dos próximos anos.
1. Personagens pervertidos
Um dos personagens mais desnecessários de My Hero Academia, o herói Mineta, personifica um dos piores erros da obra. Ele é o típico personagem pervertido de animes e mangás shounen que, constantemente, comete assédio contra suas colegas de classe, como se isso fosse uma grande piada. Antes mesmo do lançamento do mangá em 2014, esse clichê já não era mais engolido por fãs do gênero. Mas, Mineta não está sozinho, pois Midnight também reforça essa ideia de personagens pervertidos, apesar de “inovar”, ao trazer uma personagem feminina com comportamentos inapropriados, principalmente com seus alunos.
2. Personagens femininas pouco desenvolvidas
Apesar da enorme quantidade de personagens femininas guerreiras e interessantes, My Hero Academia não conseguiu fugir do problema do desenvolvimento de suas heroínas. Algumas personagens tiveram seu potencial desperdiçado, enquanto outras nem mesmo ganharam uma história de fundo, como Nejire e Midnight. Além do “enorme elefante no meio da sala”, ou seja, a sexualização exagerada da grande maioria das mulheres e meninas presentes na história.
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3. A sexualização feminina
Não importa o quanto você goste dos uniformes e da personalidade das personagens femininas de My Hero Academia, ainda assim precisa concordar com a maioria das críticas em relação a forma sexualizada como muitas heroínas são retratadas. Um caso muito discutido pelos fãs é o do traje da personagem Yaoyorozu, que deixa seu corpo muito exposto. As roupas usadas pelos herois não deveriam proteger e facilitar o uso de seus poderes? No caso de Yaoyorozu está mais do que claro que isso não passa de um fan service, pois seu traje nem mesmo combina com sua personalidade.
No entanto, nada supera a falta de sentido no traje da personagem Higakure. Sua roupa de heroína é, simplesmente, nenhuma roupa. Se a desculpa é o fato de seu poder da invisibilidade só funcionar 100% quando ela está sem roupas, porque outros herois têm trajes que funcionam como complementos para suas individualidades? Ela não poderia obter uma roupa que também ficasse invisível?
4. O enorme peso colocado em cima de uma criança
Apesar de ser um clichê comum em animes e mangás do gênero shounen, My Hero Academia, inicialmente, encontrou uma forma mais crível de lidar com a situação. Em seu início, quem realmente enfrentava os piores perigos diretamente eram os herois adultos, mas isso foi mudando ao longo do tempo. E quem mais teve que sofrer com todo o peso de salvar o mundo foi Izuku, mesmo ele sendo apenas uma criança. Até mesmo seu poder, o One For All, causava machucados no personagem. Já seu mentor, All Might não só sabia disso, como resolveu não avisar ao seu pupilo. E, para piorar, ele nem mesmo tentou encontrar uma solução para o problema, deixando que uma criança se tornasse autodestrutiva, com o objetivo de que assim, ela aprendesse a se fortalecer por conta própria.
My Hero Academia conseguiu reunir muitos fãs ao longo dos anos e isso se deve a sua história e personagens divertidos. No entanto, alguns erros, como os citados acima, acabam diminuindo o brilho que o mangá/anime poderia ter e prejudicam a longevidade da franquia, que poderia envelhecer como vinho, mas, que no fim, pode acabar envelhecendo como leite.
Fonte: CBR