Tokyo Ghoul é um sucesso enorme, tanto que rendeu uma adaptação para anime, um mangá continuação, e inúmeros fãs apaixonados pelo trabalho de Sui Ishida. E justamente por ser tão popular, ele causou pressões em seu mangaká que cobraram um preço de sua saúde, assim como normalmente acontece com autores de mangás.
A experiência de Ishida com Tokyo Ghoul fez ele adotar uma nova forma de trabalhar em seu novo mangá, Choujin X, em que o autor prioriza sua saúde, sem deixar de também pensar em seus fãs.
Infelizmente, Tokyo Ghoul fez o autor sofrer com prazos implacáveis e reviravoltas semanais que o assombraram por sete anos. Ishida até mesmo evitou fazer pausas durante sua publicação do mangá, porque acreditava que se entrasse em hiato, talvez não voltasse ou não produzisse com a mesma qualidade.
Ele trabalhou por quase sete anos sem pausa. Então, isso fez com que escrever Tokyo Ghoul "fosse algo intimamente entrelaçado com" sua vida, chegando a "dominar meu tempo e emoções" e levar Ishida a "jogar fora todo tipo de coisa da minha vida". Seu trabalho acabou "mudando seus relacionamentos com outras pessoas" e o fez "odiar trabalhar".
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Agora, com seu trabalho atual em Choujin X, ele encontrou um meio sustentável para criação de conteúdo, com uma publicação esporádica. Foi seu sucesso anterior que lhe deu margem de manobra para ter liberdade criativa e trabalhar em seus próprios termos. Infelizmente, ele teve que sofrer muito para chegar nesse ponto de liberdade e flexibilidade.
Segundo o site Screen Rant:
“A abordagem de Ishida para Choujin X difere notavelmente dos métodos que outros criadores adotaram em busca de uma dinâmica mais equilibrada entre vida pessoal e profissional. O processo do artista coloca os criadores na frente da jornada criativa, uma configuração que parece prática e natural para gerar mangás. Essa mentalidade de ‘deixe os criadores criarem e eles virão’ concede a Ishida a liberdade de relaxar e evitar trabalhar até a morte. O processo é invejável e, claro, o criador de Tokyo Ghoul sabe que sua agenda vem de um lugar de privilégio. Para chegar onde está hoje com Choujin X, Ishida teve que primeiro se dobrar para trás com Tokyo Ghoul para ganhar liberdade criativa.
A experiência de Ishida — e seu sucesso com Choujin X — até agora serviu como um alarme para os criadores, ajudando-os a resistir às regras rígidas que governam a indústria de mangás. Além disso, serve como um lembrete poderoso de que o mangá nunca deve ser priorizado em detrimento do bem-estar do criador.”
Fonte: Screen Rant
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