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O governo japonês deu início a um novo projeto de combate a pirataria de animes e mangás no valor de dois milhões de dólares. O projeto usará uma inteligência artificial para detectar o “layout e anúncios de sites pirateados” e “imagens de conteúdo fornecidas por editores”, permitindo que “os detentores de direitos solicitem facilmente a remoção do conteúdo detectado”.

O responsável pelo desenvolvimento dessa IA é a Agência de Assuntos Culturais do Japão que contará com 300 milhões de ienes (~US$ 2 milhões) em seu orçamento suplementar deste ano. Essa será mais uma forma do Japão de conter o aumento da pirataria de animes e mangás, que tem apenas crescido. Um porta-voz da Agência disse o seguinte: 

pirataria de animes
Reprodução/ Manual do Otaku

Há limitações para encontrar sites pirateados com o olho humano, pois leva tempo e custo. Gostaríamos de desenvolver contramedidas eficazes para reduzir sites pirateados e proteger os detentores de direitos”. 

Quando a IA estiver em uso, teremos um aumento enorme nas solicitações de remoção do DMCA arquivadas pelo Google. Segundo o Google, as empresas VIZ Media, Toei Animation e Aniplex of America estavam entre as maiores do mundo autorizando essas remoções de DMCA, e o site disponibilizou esses dados para “ajudar todos a entender o impacto que os direitos autorais têm no acesso ao conteúdo por meio da Pesquisa Google”.

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A IA do governo japonês se juntará a outros esforços contra a pirataria de animes e mangás, como a tecnologia Toon Radar personalizada da WEBTOON, que coloca nos webtoons informações invisíveis para facilitar a identificação da fonte de vazamentos. A empresa também está processando dois indivíduos em US$ 700 mil e fechou cerca de 70 sites de pirataria que valem 1,2 bilhão de visitas anuais.

A Aniplex e a Toho também estão lutando, usando uma ordem de intimação contra o X/ Twitter para identificar usuários suspeitos de serem vazadores. Elas encontraram esses suspeitos devido a marcas d’água invisíveis e créditos falsos nas versões de TV dos episódios. 

Fonte: CBR