Em um relatório recente da ONU sobre a indústria do animes e mangás, foi relatado alguns problemas que as mídias estão enfrentando ou podem enfrentar no futuro. Um dos pontos levantados foi sobre as longas jornadas de trabalho dos animadores e mangakás, e seus baixos salários. E outro ponto foi sobre estereótipos de gênero.
Segundo o relatório, as animações e quadrinhos japoneses, assim como os jogos, podem promover os estereótipos e violência contra a mulher. De acordo com o relatório, é preciso:
“implementar eficazmente as medidas legais existentes e os programas de monitoramento para abordar a produção e distribuição de pornografia, videogames e produtos de animação que reforçam os estereótipos discriminatórios de gênero e reforçam a violência sexual contra mulheres as meninas”.
Alguns políticos japoneses não gostaram nenhum pouco do que foi afirmado, mesmo o relatório tendo sido feito pelo Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as mulheres. Yamada Taro, é um desses políticos.
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Ele afirmou que fará um protesto solicitando a divulgação das fontes do Comitê, além de que pedirá uma retratação, caso eles não liberem esses dados sobre os animes e mangás. De acordo com Taro, as medidas fornecidas para solucionar esse problema nos mangás, animes e jogos pelo Comitê são contra a liberdade de expressão:
“Este conteúdo unilateral nega a liberdade de expressão em mangás, animes e jogos, e exige que estes sejam encurralados através de ações legais e vigilância, o que é extremamente injusto“.
Muitas polêmicas sexistas e de gênero são discutidas há anos pelos fãs globais de animes e mangás. Desde que as duas mídias se tornaram mundialmente famosas e de fácil acesso, tem se criticado muito a forma como mulheres são retratadas nessas obras. Isso tem feito com que alguns tropos tenham se tornado ultrapassados e personagens femininas tenham evoluído um pouco desde os anos 80/90.
Ainda assim, os mangás e animes apenas refletem a sociedade japonesa. E se essa sociedade não passar por mudanças profundas nas questões de igualdade de gênero e de violência sexual, seus produtos continuarão a exibir pontos polêmicos que irão desagradar órgãos mundiais e nacionais que cuidam dos direitos femininos, assim como seus fãs internacionais.
Fonte: OtakuPT
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