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Recentemente, em uma entrevista dada pela dupla Masashi Kishimoto e Mikio Ikemoto, para falar sobre o mangá Boruto, os mangakás revelaram que a autoria da obra sucessora de Naruto é tanto de um quanto do outro. Até então, muitos fãs acreditavam que Kishimoto havia dado apenas o argumento da história para Ikemoto, e que o segundo escrevia os roteiros praticamente sozinho. 

Agora, sabemos que o trabalho é colaborativo, e que Kishimoto está profundamente envolvido no desenvolvimento criativo da história. Como ambos os autores são bastante diferentes, isso pode ser o trunfo que tem tornado Boruto cada vez mais interessante e distante de seu antecessor. 

Kishimoto
Reprodução/ Cine Fera

Se formos descrever Kishimoto, ele é um mangaká que gosta de focar em elementos psicológicos e emocionais, já Ikemoto prefere levar a história para lugares desconhecidos ao explorar tópicos novos. Isso faz com que Boruto não seja uma cópia de Naruto, mostrando mais do mesmo apenas com novos personagens, mas sim, uma narrativa com seu próprio caminho.

Masashi Kishimoto estando envolvido com a escrita de Boruto, algo que não acontecia no início da série, permite que o projeto não saia do cânone original, garantindo consistência no enredo em relação ao seu antecessor. Além de que ele sabe desenvolver personagens masculinos como ninguém. 

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Enquanto isso, Ikemoto é quem trás as novidades para a franquia. Com a compreensão da história que ele adquiriu de Kishimoto e as orientações para não causar incoerências, ele pode se permitir ser criativo dentro do mundo de Boruto e levar o mangá para novos caminhos. 

Além disso, enquanto Kishimoto explorava em Naruto temas de tenacidade, esforço e amizade, Ikemoto explora em Boruto temas de legado, privilégio e identidade. Se Naruto teve que lutar exaustivamente para chegar onde está, Boruto começa sua história em uma posição confortável e privilegiada. 

Mas, as diferenças criativas dos dois não podem levar a um desastre? Segundo o site Sportskeeda, isso, na verdade, pode ser um ponto positivo: 

Os desentendimentos relatados entre Kishimoto e Ikemoto sobre as direções dos personagens e pontos da trama ilustram uma tensão criativa saudável que pode levar a uma narrativa inovadora. Essa dinâmica garante que a série evolua, refletindo tanto o respeito por suas origens quanto a disposição de crescer além delas. 

[...] A profunda compreensão de Kishimoto da série original fornece uma base de continuidade e profundidade emocional, enquanto a nova perspectiva de Ikemoto leva a série a um novo território, concentrando-se em diferentes temas e dinâmicas de personagens. A interação entre suas visões criativas permite que a sequência da série honre seu antecessor enquanto forja sua própria identidade, tornando a série atraente tanto para antigos fãs de Naruto quanto para novos públicos.”


Fonte: Sportskeeda



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